domingo, 15 de abril de 2012

Felicidade


Apenas uma coisa. Não tenha medo da felicidade, ela não existe.
A gente vai morrer amanhã, de forma que ninguém sabe. As coisas vão continuar sendo como sempre foram. Casais felizes virando artesanato local. Em cima de um bolo branco, talvez. Mas e depois? Felizes para sempre?
Não tenha medo da felicidade, ela não existe… sem a tristeza.
Não temos um grande tesouro para procurar. Ele está aqui, na frente de nós dois. Olha para ele. Completamente revelado, a sua frente.
Não posso dizer que um pouco de sal no mar vá alterar alguma coisa, mas, ainda assim, fará diferença, pois não será o mesmo mar… o mesmo sal.
É uma pena que a gente vive uma vez só, mas deixe-se levar…
E pelo tempo de um beijo
Eu vou te amar

segunda-feira, 12 de março de 2012

Assim...(só mais um poeminha ruim feito por mim :)

Te vi passar assim,
Passar por mim,
Tão inconstante. 
Te vi então sorrir assim,
Sorrir pra mim,
Tão radiante. 
Te vi me olhar desse jeito assim,
Olhar pra mim,
Tão delirante.
Te vi partir e conhecer o fim,
Longe de mim,
Itinerante.

sábado, 10 de março de 2012

Queria não pensar

Eu queria não pensar. Para, além disso, eu queria não precisar pensar. Pensar me assusta, me transforma. Por isso queria ser que nem os outros animais. Sem precisar pensar, apenas sentir.
Eu queria não pensar. Não pensar na alegria para não pensar na tristeza. Não pensar na paz para não pensar na guerra. Não pensar no sofrimento para não pensar na angústia. Não pensar na igualdade para não pensar na diferença. Não pensar na vida para não pensar na morte.
Eu queria não pensar no ser para não pensar no que sou e no que gostaria de ser. Queria não pensar no que fiz de ruim para não pensar no que fiz de bom, pois tenho receio de que não o tenha feito.
Queria não pensar em saber, porque não pensaria que não sei o que preciso. Eu queria não pensar em precisar para não pensar no que não tenho. Não pensar no ontem para não pensar no amanhã. Não pensar na vitória para não pensar na derrota. Não pensar no altruísmo para não pensar no egoísmo.
Eu queria não pensar em escolher para não ter dúvidas. Queria não pensar na loucura para não pensar na sanidade para não pensar na insensatez. Queria não pensar em agüentar para não pensar em fugir. Queria não pensar em estar para não pensar na ausência, não pensar na solidão.
Eu queria não pensar no mundo para não pensar em pecado para não pensar em Deus.
Eu queria não pensar em nada, porque pensando no nada eu penso em tudo.
   

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Fênix

Respirou fundo... e de novo... e de novo... Mas por mais que tentasse não conseguia. Sentia- se pesada, triste. Tinha que sair desta situação sofrível, mas não sabia como. De repente, aquela música... de onde ela saiu? E foi aí que ficou tudo muito claro: Precisava voltar. Precisava ir àquele lugar, aquele do qual fugiu por tanto tempo. Agora, sentia- se compulsivamente tentada a voltar. Seria um retrocesso, sabia bem disso, mas ali, bem ali, naquele poço sem fundo de onde conseguira sair, ainda havia um pedaço seu... um pedaço que era preciso recuperar. Os sinos tocaram... ela seguiu em frente...

"Coisa pequenina, centelha divina,onde foi ruína, pássaro ferido, hoje é paraíso..."
 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gXEtkXSli4M

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Odeio isso...

Odeio quando situações simples desencadeiam milhares de complicações.
Odeio não ser compreendida, embora isso aconteça o tempo todo.
Odeio meus sentimentos infantis e meus pensamentos infames.
Odeio o calor.
Odeio chuva.
Odeio multidões.
Odeio que não saibam nada a meu respeito.
Odeio que saibam demais.
Odeio entrar de cabeça e coração em dramas infindáveis. Não consigo sair.
Odeio os Rebeldes.
Amo brigadeiro.



Im just saying what I need to say... It's your turn to... : 



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Peripécias escolares-Aula de Inglês:

Primeiro dia de aula : Juster 
      ...e ela caminhava graciosamente pelas ruas de Brasília. A felicidade tomava conta de seus pensamentos. Lembrava o quanto se divertia na escola com as amigas,o quanto gostava do seu trabalho de meio expediente. Estava empolgada. Parecia que o dia ia render. Iria chegar feliz outra vez em casa. Sorrir como nunca. Estava terrivelmente equivocada. 
         Era seu primeiro dia na aula de inglês daquele semestre. A cada semestre era uma nova turma. Estava apreensiva, mas ao mesmo tempo empolgada. Não era de falar muito, gostava mais de observar as pessoas. Queria ser psicóloga. A mente humana era algo extremamente fascinante para ela. 
          Entrou na sala e sentou-se ao lado de pessoas aparentemente normais:  
         -Bom dia a todos, meu nome é Ilda- disse a professora. 
          Todos responderam ao cumprimento, como qualquer ser humano educado faria. Parecia que tudo ia correr bem. Parecia que ia ser uma turma normal dessa vez.Nada de bobagens,nada de traumas.  
          Estava mesmo terrivelmente equivocada, pois naquela tarde descobriria que nem sempre "a primeira impressão é a que fica". 
          Ao seu lado senta um garoto no estilo 'Justin Bieber': cabelos lambidos para o lado (provavelmente usara muito laquê para deixá-los daquele jeito), roupas descoladas e aparentemente sujas. Parecia um skatista. Bem, até aí estava tudo certo, afinal, ela gostava de pessoas que tinham personalidade e ele parecia ser uma delas. Adorava meninos skatistas e o cabelo não seria um problema. Mas é o que dizem: pessoas são todas muito belas, até o momento em que abrem suas malditas bocas. 
         Durante toda a aula o menino agia feito um imbecil. Falava coisas desconexas, dormia. Faltava babar e pedir à professora para trocar suas fraldas. Parecia um retardado mental. Cantava no meio da aula e atrapalhava, achando-se sempre o máximo. Ela sentiu súbitas náuseas, mas sabia que teria que se controlar, ou levantaria e esbofetearia a cara dele até que voltasse a ser a pessoa aparentemente normal que vira antes. Sentia- se enlouquecer, mas tinha que suportar. 
         A professora era um caso sério: suas aulas eram o tédio em sua melhor definição. O sono começou a tomar conta de seu corpo de uma forma tão violenta que não seria de se admirar se ela caísse no chão no meio da sala e começasse a roncar. Mas ela suportaria. Era importante para ela. Aprendizado, futuro. Queria ser alguém na vida, então tentou se manter acordada e suportar o garoto Juster, que ganhou este apelido em homenagem ao inspirador daquele penteado ridículo que o garoto sentado ao seu lado usava. 
         Estava indo tudo bem e ela estava até começando a se acostumar com o jeito extremamente calmo com que a professora dava aula e com o jeito insuportável do Juster. Mas, de repente, quando virou-se para olhar o que o seu colega estava fazendo, deparou- se com ele desenhando no caderno. Pediu a Deus que Ele a perdoasse por julgar tanto as pessoas, mas que achava esse garoto um completo idiota. Tudo bem até aí, não se incomodaria com isso, afinal,quem estaria perdendo era ele que não aproveitava nenhum 'or' ou 'excuse me ' que a professora ensinava e que portanto, não entenderia quando ela olhasse pra ele e dissesse: 
          - Bitch, please, kill yourself !         
Olhou pra ele novamente e descobriu o garoto olhando para ela, depois para o caderno. Ela arregalou os olhos quando se deu conta do que estava acontecendo: ERA ELA QUEM ELE ESTAVA DESENHANDO!! 
           -Por quê meu Deus? Por quê? - Era o que ela queria dizer a ele. Queria rir, chorar, e principalmente, queria espancá- lo. 
             Ele percebeu que ela estava olhando e parou de desenhá-la. Pediu para ir ao banheiro e demorou mais de meia hora pra voltar. Ela se perguntou o que estaria fazendo lá. Deduziu que pelo jeito dele, deveria estar depredando as paredes do banheiro, ou então com uma súbita diarréia. Deixou pra lá. 
             Quando ele voltou,ela ouviu um tilintar de latas em sua mochila, e então teve sua suspeita confirmada, pelo menos segundo a fértil imaginação dela: ele passara o desenho que tinha feito dela para as paredes do banheiro com tinta spray!
             Para terminar o dia, a professora resolveu dividir a turma em dois grupos e fazer um jogo. Ele ficou no time da pobre menina, time esse que facilmente ganhou o jogo. Tudo bem até aí, pois o jogo não tinha nada de mais, era só uma forma ''divertida'' de revisar a matéria. Ninguém se importou com o fato de ter ganhando ou perdido, pois não tinha a menor importância. Mas, como sempre tem uma pessoa super feliz e de bem com a vida pra fazer comemorações, ela pensou que não ficaria surpresa se alguém gritasse frases como: ''É campeão'', ou algo do tipo. O que ela não esperava era que o seu ''querido'' colega Juster faria uma comemoração digna de um musical: ele agarrou as mãos dela e de outro colega que estava ao lado e começou a cantar alegremente um dos clássicos da banda Queen: 
             -WE ARE THE CHAMPIONS,MY FRIENDS,AND WE'LL KEEP ON FIGHTING TILL THE END. WE ARE THE CHAMPIONS, WE ARE THE CHAMPIONS, NO TIME FOR LOSERS CAUSE WE ARE THE CHAMPIONS OF THE WORLD...
           Olhou para ele com uma expressão perplexa, porque além de muito idiota, a voz dele se assemelhava ao barulho de uma chuva de granizo: ensurdecedor. Teve vontade de virar e gritar: 
            -Qual é o seu problema garoto? 
             Mas para a sorte dele o sinal tocou e todos correram desesperados em direção da porta, em busca de liberdade...




               

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Scriptum

Está tudo escrito. Todos os pensamentos que tenho guardado. Todas as minhas lembranças. Todos os meus medos e minhas alegrias.

Está tudo escrito em algum lugar. Todos os lugares que visitei e os que não conheço. Todos os lugares que são seguros e os perigosos. Todos os lugares onde guardo os meus segredos.

Está tudo escrito em algum lugar por alguém. Todas as pessoas que já conheci. Todas as que estão comigo desde então. Todas as que eu amei e amo.

Está tudo escrito em algum lugar por alguém coisas que fazem parte de mim.

Eu me escrevi em tudo. Em todos os lugares. Em todas as pessoas.

Eu me escrevi em mim.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Simples assim


Eu vou aumentar o volume até que eu não consiga ouvir o que penso, disse, e sem hesitar apertou o play. Não desperdiçaria aquele momento por nada, pois estava cansada de reclamar de uma bela vida.  Eu me sinto tão viva hoje à noite, você me fez sentir sublime. Eu quero gritar isso aos quatro ventos! Foi  o que fez, pegou o lápis, e começou a escrever.